quinta-feira, 19 de abril de 2012

SAÚDE: HERPES LABIAL

Nathália Vitorio


De repente, você nota que próximo aos seus lábios surgiu umas “bolhas”. Em um primeiro momento imagina que é uma espinha ou várias. Suas tias falam que essas “bolhas” devem ser de uma aranha que passou no seu rosto (de onde elas conseguem essa informação, ninguém sabe!).

Em um segundo momento sente que a região das “bolhas” está quente como se houvesse uma inflamação, decide passar em uma farmácia (pode ser que o farmacêutico tenha uma ideia do que são essas “bolhas”), sem dó e piedade, o farmacêutico diz: “- É herpes labial!”.

Momento de desespero! Ele deve estar enganado!?! E se estiver certo? Como peguei isso? Será que fui promíscuo? Será que beijei alguém com isso? E agora? Você decide ir ao médico que confirma o diagnóstico do farmacêutico.


 

Mas o que é Herpes Labial?

 

Herpes Labial é uma infecção causada pelo vírus Herpes simples (HSV do tipo 1 ou 2, da família Alphaherpesvirinae, constituído por DNA). Caracteriza-se pelo aparecimento de pequenas “bolhas” (também conhecidas como vesículas) agrupadas especialmente próximas aos lábios, mas podem surgir em qualquer outra parte do corpo. Antes do surgimento das pequenas vesículas cheias de líquido viral claro ou amarelado, ocorrem alguns sintomas locais como coceira, ardor, agulhadas, formigamento. Os rompimentos das vesículas formam uma crosta e cicatrizam em poucos dias (as crises herpéticas têm a duração de 5 a 10 dias).

O vírus do herpes ocorre no mundo todo. Estudos soroepidemiológicos confirmam que mais de 90% da população mundial, em geral por volta dos 40 anos, possui anticorpos contra pelo menos um dos tipos de herpes (LUPI, 2000). Ou seja, 90% da população mundial (com aproximadamente 40 anos), já se contagiaram com um dos dois tipos de vírus do herpes.

O contágio ocorre através do contato direto das lesões herpéticas (região das vesículas) durante a fase de rompimento das vesículas com a pele ou a mucosa (boca) de uma pessoa não infectada.

Nas crianças, é causa de lesões dolorosas na boca, às vezes confundidas com aftas, mas que são sinais de uma doença conhecida como estomatite herpética.

O vírus pode permanecer latente (ou dormente) no organismo e podem surgir sintomas de tempos em tempos. Essa reativação (ou surgimento dos sintomas) pode ocorrer por febre, exposição à luz solar intensa (radiação ultravioleta – UV), alterações hormonais, fadiga física e mental, estresse emocional, ansiedade, depressão, distúrbios comportamentais, alterações fisiológicas, etc. Podendo ser grave e extensa em indivíduos com sistema imunológico debilitado.

Como em outras doenças virais, ainda não existe cura. No entanto, existem medicamentos antivirais que ajudam a diminuir o período de progressão da crise herpética e seus sintomas.

Algumas pessoas têm maior possibilidade de apresentar os sintomas do herpes. Outras, mesmo portando o vírus, nunca apresentam a doença, pois sua imunidade não permite o seu desenvolvimento dos sintomas.


 

Recomendações em caso de crise herpética:

*Não é grave, mas requer tratamento específico; 

*O uso protetor solar reduz a incidência de herpes relacionado à exposição solar;

*Lave sempre as mãos e evite tocar as lesões, quer as suas, quer as de outras pessoas;

*Evite furar as vesículas;

*Evite beijar ou falar muito próximo de outras pessoas, principalmente de criança;

*Consulte um médico se suspeitar que esteja com herpes;

 

 

Bibliografias:

BURTON, G. R. W. Microbiologia: para as ciências da saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

LUPI, O. Herpes Simples. An. Bras. Dermatol., Rio de Janeiro, 75(3): 261-275, maio/jun. 2000.

http://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/herpes-simples/

http://dermatologia.net/novo/base/doencas/herpeslabial.shtml

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?234

http://portalbraganca.com.br/belezaesaude/herpes-herpes-simples-herpes-labial-pelo-dr%c2%ba-fabio-alex.html